nem
imaginas o quanto te procurei.
Mil
rostos olhei,
muitas
bocas beijei,
mas
nenhuma tinha esse gosto especial
de
mel e frutos silvestres,
essa
mistura maravilhosa
que
tanto me fascina.
Somente
pra te amar,
viajei
com as asas das gaivotas
em
vôos rasantes,
mergulhei
com o albatroz,
porque
imaginava
que
serias uma sereia,
muito
bem escondida, no fundo do mar.
Somente
pra te amar,
cavalguei
nas ondulações
de
outros corpos tentadores.
Mas
não encontrei prazer.
Porque
o meu destino,
após
tantos anos de buscas,
eu
o identifiquei
no
fundo dos teus olhos,
nos
beijos da tua boca,
nas
curvas do teu corpo,
mapa
de pecado e sedução.
Somente
pra te amar,
me
deixei sufocar
na
fumaça de cigarro nos bares,
esvaziei
garrafas e mais garrafas
de
vinho e cerveja.
Somente
pra te amar,
enfrentei
o fogo de infernos.
E
esses pecados, confesso,
com
monumental decepção,
porque
era no céu que estavas,
deusa
da minha solidão.
E
dizer que tantos anos vaguei errante...
Fui
amante, fui guerreiro,
fui
beija-flor de rosas e flor de pessegueiro,
seduzi
e fui seduzido,
fui
tímido e atrevido,
fui
poeta, fui cowboy,
fui
vítima e fui carrasco.
Mas,
em verdade, agora sei,
não
fui nada... nunca fui nada,
porque
em tudo que fiz
e
sonhei,
simplesmente
te procurava.
Tudo
fiz,
somente
pra te amar.
>>>
[Poema de 13 03 2009]
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